PENSAR O MODELO DE DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO



Coincidência ou talvez não, desde que existe poder autárquico democrático que o concelho de Vila Real de Santo António tem vindo a definhar. Esta realidade só tem sido mitigada graças ao negócio da peseta, negócio que não cria emprego qualificado nem promove o emprego ou o empreendedorismo a montante do balcão dos atoalhados.

Viradas para o voto fácil a tendência de muitos autarcas é gerar receitas ou dívidas para mostrar obra, tendendo a gastar os recursos na satisfação de necessidades imediatas, em prejuízo de projetos que visem o futuro. Este modelo assenta em receitas fáceis (dívida, vendas de património e impostos sobre o imobiliário).

Nos últimos dois anos, com uma gestão autárquica totalmente centrada na obtenção de votos sem olhar a meios, este modelo económico tornou-se miserável. Promove-se a miséria para depois ganharem-se votos comprando quem precisa de um emprego, de uma casa ou simplesmente de comer. Nos últimos anos o concelho foi embebedado com projetos grandiosos, mas pouco mais se fez do que uma morgue e as obras num edifício camarário, tudo o resto foi pura basófia.

Criou-se um exército de pobres e subsidiodependentes que na hora das eleições são arregimentados para jantares de campanha, arruadas e, por fim, votar. Os boatos de envelopes com dinheiro, de restaurantes cheios de famílias inteiras a almoçar depois das eleições.

É preciso quebrar com este ciclo miserável que foi instalado pela tripla São+Luís+Romão Jr e voltar a pensar na economia do conselho, refletir sobre como pode um pequeno concelho acabar com um ciclo de pobreza, promovendo o investimento e empreendedorismo, para que as próximas gerações de jovens em vez de andarem em programas ocupacionais a mando da São ou do Luís, sejam capazes de gerar mais riqueza e desenvolvimento.